Pede-nos para lhe chamarmos simplesmente Tom com a mesma simplicidade com que explica o seu ponto de vista próximo e acessível sobre o temido "Big Data". É um termo que não gosta "porque só indica que há uma grande quantidade de dados", e prefere concentrar-se em como aproveitar essa montanha de informação que reúnem, voluntária e involuntariamente, todos os tipos de empresas.

De facto, a sua principal preocupação nesta entrevista (e, em geral, nas suas conferências), é dar a conhecer que o tamanho das empresas já não é uma barreira para aceder às vantagens do big data. Davenport convida os empresários das PMEs e empresários individuais a verificar o quão barato já é contratar "um pequeno pacote de alojamento e folha de cálculo na cloud" para compilar e processar os dados recolhidos, por exemplo, nos websites dessas empresas. Do mesmo modo que é muito acessível fazer uma análise profunda desses dados que nos ajude a tomar decisões.

O “Big Data” oferece múltiplas possibilidades, mas, para começar, o professor do Babson College e investigador no Digital Business Center do MIT (Massachusetts Institute of Technology) aconselha que as empresas se foquem em analisar dois tipos de dados: os dos preços de mercado em que nos movimentamos e os referentes aos clientes.

E desmente uma noção muito difundida no mundo das "start-ups": "A intuição é muito romântica e os empreendedores gostam muito de a usar, mas não é fiável". Mesmo quando o "Big Data" falha, as suas conclusões são sempre melhores que a intuição.

Thomas Davenport
Investigador no Centro de Negócios Digitais do MIT

É professor de Tecnologia da Informação e Gestão na Babson College e investigador no Digital Business Center do Massachusetts Institute of Technology (MIT).