Skip to content

Tecnologia

Tecnologia

Três lições de líderes empresariais durante o confinamento

Reconstrua uma empresa mais forte após o confinamento.

Durante o ano que passou, todos os empresários deste país tiveram de mudar e adaptar-se ao "novo normal". Com a maioria dos consumidores confinados durante grandes períodos e as equipas a trabalhar remotamente, muitos precisaram de adaptar-se a formas de trabalho inteiramente novas. Embora tudo isto tenha constituído, sem dúvida, um desafio, muitas dessas mudanças foram de facto benéficas a longo-prazo.

Compilámos os pensamentos de alguns oradores que participaram no nosso evento digital ThoseWhoDare e que partilharam as suas maiores curvas de aprendizagem ao longo dos últimos meses.

1. Domine a situação

Os negócios mais resistentes são aqueles que são capazes de aproveitar as oportunidades que surgem em determinado momento, por mais difícil que este seja, e que conseguem dominá-lo. Mas isso nem sempre é tão fácil como parece. Por isso, perguntámos a Eddie Hearn, Diretor-Geral do Grupo Matchroom Sports e Diretor da Professional Darts Corporation, como conseguiu aproveitar o confinamento e adaptar o seu negócio para um futuro mais incerto.

Face aos desafios que afetam a indústria do desporto e entretenimento, Eddie precisou de mudar drasticamente a sua abordagem quando os eventos se tornaram virtuais. Encarando tudo com calma, Eddie e a sua equipa organizaram o "Fight Camp", quatro semanas de jogos de boxe ao vivo, filmados a partir do jardim da sede do Matchroom Sports.

"Para empresas de pequena e média dimensão, trata-se de ser reativo e conseguir responder às situações com a maior celeridade possível".

Apesar de tudo, a adversidade pode gerar inovação. Encontrar novas formas de pensar e transformar uma situação difícil numa oportunidade é o que pode ajudar verdadeiramente a fazer com que o seu negócio não só sobreviva, mas prospere. Eddie explica: "Desafie a sua equipa e ficará a saber muito sobre o seu negócio. Sinto que quando passarmos para o outro lado da pandemia, seremos melhores como empresa e como equipa".

2. Disponha da tecnologia certa

Se há algo que o confinamento nos ensinou foi o poder da tecnologia. Muitos empresários tiveram de acelerar a sua transformação digital quase da noite para o dia, pois os eventos do mundo real tiveram de abrir caminho para o seu equivalente em formato digital. Estar a par das últimas tecnologias e tendências é algo fundamental para que as empresas consigam aprender com uma situação como a do confinamento, admite Eddie.

"Os negócios assentam em tendências e em saber o que os clientes estão a fazer. Sabemos agora que os clientes de todas as idades, particularmente a geração mais nova, são peritos em tecnologia, e temos de ser sensíveis a isso".

Luis Aaribayos, Secretário-Geral da Cepyme, sabe isto melhor do que ninguém. Ele reconhece que a transformação digital é o único caminho a seguir após o impacto da pandemia, uma vez que os clientes contam que as empresas tenham uma estratégia online robusta.

"Encontramo-nos numa nova era em que as pequenas e médias empresas têm de mudar os seus modelos de negócio, pois precisam de se adaptar aos clientes que já são digitais e que exigem  coisas como o imediatismo, a comunicação, a personalização, por muito grandes ou pequenas que estas sejam".

3. Proteja o bem-estar da sua equipa

O confinamento provou que quando há determinação, grandes coisas podem acontecer. Ter o apoio de uma equipa saudável e feliz é inestimável e isto deve ser a espinha dorsal de qualquer empresa.

Assegurar o bem-estar dos colaboradores tornou-se uma prioridade para as empresas, e é uma abordagem firmemente defendida por Ric Lewis, Presidente Executivo da empresa de investimento imobiliário londrina, Tristan Capital Partners. Proporcionar um ambiente em que os colaboradores se sentissem apoiados foi o primeiro passo para manter uma mão-de-obra saudável e produtiva.

"Verificámos e tentámos cuidar do bem-estar emocional e da saúde mental da nossa equipa. Havia muitas pessoas a sofrer, e a sofrer em silêncio, e nós precisávamos de encontrar formas de as ajudar a regressar a uma espécie de “terreno firme”, para que pudessem ser produtivas tanto na sua atividade profissional como na vida".