Telemóveis e Crianças
Os telefones móveis são hoje usados pelos pais para manterem um contacto mais direto com as crianças e jovens, podendo contribuir para a sua segurança pessoal, em caso de necessidade. Mas alguns educadores preocupam-se com o facto de a utilização de telemóveis poder afetar a saúde dos seus filhos.
A maioria dos estudos científicos, que contam com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostra que as investigações realizadas até à data não detetaram riscos adversos para a saúde dos utilizadores, incluindo nas crianças. No entanto, dado a probabilidade da população mais jovem usar os telemóveis durante períodos mais longos, a OMS estabeleceu como prioridade a investigação a longo prazo do uso de telemóveis por crianças de diferentes idades.
A Vodafone Portugal acompanha atentamente os resultados destas investigações e as informações publicadas pela OMS e disponibiliza todos os dados, procurando contribuir para uma tomada de decisão mais consciente no que diz respeito ao uso dos telemóveis.
No Boletim Informativo de 2014, a OMS afirma que "Um grande números de estudos foram realizados ao longo das últimas duas décadas para avaliar se os telefones móveis representam um risco potencial para a saúde. À data, nenhum efeito adverso à saúde foi estabelecido como sendo causado pelo uso do telefone móvel."
Conheça ainda as opiniões da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) e da
Informação da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC):
Todas as descobertas da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), uma agência especializada da Organização Mundial de Saúde (OMS), na avaliação do risco cancerígeno dos campos eletromagnéticos (CEM) para os seres humanos foram publicadas em 19 de Abril de 2013. Consulte aqui a versão completa da monografia 102.

O Grupo de Trabalho da IARC começou por reunir-se em Maio de 2011 com o objetivo de classificar o risco cancerígeno dos CEM, incluindo os provenientes de transmissões e comunicações móveis, micro ondas e radares. Este processo resultou na classificação dos CEM como “potencialmente cancerígenos para os seres humanos (Grupo 2B), com base num risco acrescido de glioma, associado à utilização de telefones sem fios”. Foi publicado um resumo destas descobertas em The Lancet Oncology, cuja conclusão é existirem "provas limitadas nos seres humanos" relativamente ao potencial cancerígeno dos CEM. O relatório completo(Monografia 102) confirma a classificação 2B, originalmente atribuída em Maio de 2011.
A classificação da IARC permite avaliar apenas se existe uma possível ligação entre a utilização intensa e prolongada de dispositivos móveis e o cancro; não avalia a probabilidade de aparecimento desta ligação. Para compreender a probabilidade e, consequentemente, o potencial risco, a OMS publica a revisão ao folheto informativo n.º193, em 2014, onde indica que “à data, nenhum efeito adverso à saúde foi estabelecido como sendo causado pelo uso do telefone móvel”.
Existem outros estudos em curso que fazem parte das prioridades da OMS na sua agenda de investigações. Os resultados de um desses estudos, o estudo CEFALO sobre a utilização de telemóveis por crianças, foram publicados em Julho de 2011. O estudo envolveu quase 1000 crianças da Dinamarca, Suécia, Noruega e Suíça. O estudo comparou a utilização de telemóveis por crianças e adolescentes com idades entre os 7 e os 19 anos, aos quais foi diagnosticado um tumor cerebral entre 2004 e 2008, com a utilização por um grupo da mesma faixa etária selecionado aleatoriamente.
O estudo não encontrou qualquer prova de um risco acrescido de cancro cerebral, concluindo que: “A ausência de uma relação exposição–resposta, quer em termos do nível de utilização de telemóveis, quer pela localização do tumor cerebral, opõe-se a uma associação causal”
Informação da Comissão Internacional para a Protecção contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP)
A ICNIRP produz orientações para a exposição a radiofrequência (RF) resultantes da utilização de telemóveis e estações-base, sendo que estas orientações destinam-se a proteger toda a população, incluindo crianças. Todos os telefones móveis e outros dispositivos disponibilizados pela Vodafone, incluindo as estações-base, operam em conformidade com as orientações desta comissão.
Em Agosto de 2009, a ICNIRP divulgou um Boletim Informativo a reiterar a inexistência de provas científicas de que o uso de telemóveis seja causa de riscos adversos para a saúde de adultos ou crianças.
A ICNIRP afirmou adicionalmente, que, até à data, os estudos não sugerem que as crianças são mais suscetíveis do que os adultos às radiofrequências, embora sejam necessários mais estudos.