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Telemedicina: em casa como no hospital

Escola a toda a velocidade

Foi através de um ecrã que o 3.º período escolar decorreu para a maioria dos alunos. A Escola Virtual é hoje uma plataforma que chega a um milhão de casas portuguesas, a toda a velocidade.

Não há toques de entrada nem de saída, correrias no recreio ou a conversa cara a cara com o colega do lado. A sala de aulas transformou-se numa qualquer assoalhada da casa para alunos e professores, e o refeitório improvisa-se na cozinha, sem ementas fixas. As avaliações continuam a fazer-se, porque – ainda que em frente a um ecrã – continua a ensinar-se e a aprender.

Que o diga Elisabete Jesus, professora de profissão e veterana da Escola Virtual, mantendo-se nesta plataforma de e-learning desde o início do projeto, há 15 anos. “Conheço o projeto desde as primeiras aulas que foram pensadas desta forma digital, enquanto produtora de conteúdos e de recursos para a plataforma e agora também o uso nesta vertente de professora”, confirma Elisabete.

Uma rapariga sentada na sua secretária à frente de um computador a estudar.

“No início, mais do que ensinar, o importante era garantir que ninguém se perdia pelo caminho, que continuavam ligados à escola e aos seus professores”

O “agora” da professora do 5.º, 6.º e 11.º ano refere-se à época do confinamento provocado pela COVID-19, em que muito rapidamente alunos e docentes (e todos nós, aliás) tiveram de mergulhar a fundo numa nova realidade de comunicação, que minimizasse os estragos que se adivinhavam. “Realmente no início, mais do que ensinar, era garantirmos que ninguém se perdia pelo caminho, garantirmos que estavam connosco e que continuavam ligados, no fundo, à escola e aos seus professores. É uma angústia para um professor saber que há dois ou três dos seus alunos que não conseguem ter acesso à internet”, continua Elisabete.

 Foi por isso mesmo que o grupo Porto Editora, no qual se insere a Escola Virtual, anunciou no início da pandemia que o acesso à sua plataforma passaria a ser gratuito a toda a comunidade escolar, independentemente dos alunos e professores terem adquirido ou não este serviço.

Para lá de ter multiplicado por cinco o número de utilizadores - agora há um milhão de utilizadores registados - multiplicou por oito a intensidade da utilização

“Quando surgiu esta situação já dispúnhamos das ferramentas, mas só estavam disponíveis para quem tinha subscrições do serviço, cerca de 200 mil pessoas, entre subscritores individuais e instituições. E percebemos que não poderíamos manter isso nesses moldes, numa situação excecional como esta o passo lógico era disponibilizar o serviço para toda a gente”, diz Rui Pacheco, diretor do centro multimédia da Escola Virtual.

Acontece que o serviço só estava preparado para esses 200 mil subscritores que tinham até 13 de março. A partir daí, “para lá de ter multiplicado por cinco o número de utilizadores – agora há um milhão de utilizadores registados –, multiplicou por oito a intensidade da utilização e acabou por ser até o factor mais disruptor no meio disto tudo”, afiança Rui Pacheco.

Num tempo recorde foi preciso fazer reajustes e encontrar novas soluções de comunicação. A primeira coisa foi avaliar as necessidades face ao tipo de crescimento que estavam a registar. “Depois, traçámos um conjunto de cenários e dialogámos, nomeadamente com a Vodafone, tanto no sentido de providenciar uma largura de banda substancialmente superior àquela que estava contratualizada até então, como também para redimensionar tudo o que fossem questões de segurança”, afirma Rui Pacheco.

Uma rapariga sentada na sua secretária a escrever enquanto assiste a uma aula online.

Apesar de, no futuro, o ensino continuar por este tipo de ferramentas digitais, os professores defendem que o “ensino nunca poderá ser desumanizado”

E foi assim que em menos de um mês a Escola Virtual começou a chegar a um milhão de casas portuguesas. “Às vezes, a plataforma realmente não aguentava, até porque foi uma coisa muito repentina esse aumento exponencial de utilizadores. Mas a partir do 3.º período, não tenho tido problemas absolutamente nenhuns e mesmo os alunos não se queixam, acedem com facilidade”, diz a professora Elisabete Jesus.

A docente concluiu ainda que, embora veja cada vez mais no futuro este tipo de ferramentas digitais, como auxiliadores do ensino-aprendizagem, “o ensino nunca poderá ser desumanizado, nem despersonalizado. Uma coisa é o que a máquina escolhe para trabalhar um qualquer tema, outra coisa é a escolha personalizada, científica e pedagogicamente válida feita pelo professor para os seus alunos. O professor é o decisor pedagógico por excelência”. 

Sabia que...

A Escola Virtual é uma plataforma de e-learing criada pela Porto Editora em 2005 para professores e alunos que contratam o serviço. Com a decisão do Governo de encerrar as escolas durante a pandemia COVID-19, a Porto Editora decidiu permitir o acesso gratuito para toda a comunidade escolar.

Para fazer face a esse acréscimo, a Porto Editora adjudicou à Vodafone um upgrade do serviço de banda larga, ao qual a Empresa respondeu com sucesso em poucos dias, permitindo assim a milhares de alunos e professores, de norte a sul do país, aceder à Escola Virtual sem constrangimentos de rede.

Esta decisão resultou numa adesão sem precedentes à Escola Virtual, que num espaço de dias passou de 200 mil utilizadores para um milhão de pessoas inscritas na plataforma.