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Lisboa, 8 de Fevereiro de 2021

Inquérito europeu do Vodafone Institute for Society and Communications

Setor da saúde, pequenas empresas, criação de novos empregos e digital deverão ser o foco dos fundos de recuperação da pandemia na UE

  • Inquérito do think tank Vodafone Institute a 15.000 cidadãos europeus, incluindo portugueses, realizado pela Kantar, revela que 80% têm conhecimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da União Europeia;
  • 85% dos portugueses consideram que o PRR é uma medida eficaz para ajudar os países europeus a recuperarem da atual crise, acima da média europeia de cerca de 70%;
  • A grande maioria dos cidadãos europeus acredita que o plano deve apoiar com maior urgência o setor da saúde (92%), criar oportunidades para pequenas empresas (88%) e gerar novos empregos (86%);
  • Um em cada três cidadãos europeus inquiridos diz estar cético em relação ao seu País canalizar o dinheiro para outras áreas;
  • Três quartos consideram os serviços públicos digitais, as competências digitais e o acesso à Internet de banda larga aspetos importantes para a recuperação económica.
  • A Vodafone, maior operador de rede móvel e fixa da Europa, revela a perceção do público europeu em relação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da União Europeia. Os resultados globais do inquérito Digitising Europe Pulse, encomendado pelo think thank Vodafone Institute for Society and Communications e realizado pela Kantar, mostra que 80% dos cidadãos europeus estão familiarizados com o tema. Os países do Sul da Europa, tais como Grécia, Portugal e Itália posicionam-se acima dos 90%. Contudo, em Portugal, entre os portugueses que conhecem o Plano apenas 25% estão totalmente informados, enquanto 65% já “ouviram falar” mas não sabem os detalhes.

Os indicadores globais mostram que os cidadãos europeus esperam que o PRR seja canalizado de forma prioritária para o setor da saúde (92%), seguindo-se os  investimentos no mercado de trabalho, como o apoio a pequenas empresas impactadas pela pandemia (88%) e o lançamento de medidas que fomentem a criação de novos postos de emprego (86%).

Os dados nacionais superam a média com 96% dos portugueses a referirem que gostariam que o Plano priorize a saúde. Portugal está aliás no top 3 dos 15 países que destacam o setor da saúde, a par com a Roménia e atrás da Grécia.

Portugal está também no pódio dos países que esperam que as verbas europeias sirvam para apoiar as pequenas empresas (94%), chegando a liderar o ranking dos inquiridos para quem este impacto é considerado “muito importante” (68%).

Esta posição de destaque verifica-se igualmente na criação de novos postos de trabalho e na preservação dos atuais. Em Portugal, tal como na Roménia, 95% dos cidadãos inquiridos espera que o PRR possa suportar novas oportunidades de emprego, um indicador em linha com os 94% que pretendem a salvaguarda do mercado laboral atual e o mais elevado entre os 15 países inquiridos.

Os resultados nacionais mostram ainda que os investimentos no digital (81%), nos serviços públicos digitais (86%) e no acesso à Internet de banda larga (75%) são aspectos importantes para a recuperação do País.

Apesar do alinhamento entre a Comissão Europeia e os cidadãos, os inquiridos continuam céticos quanto à execução

Com 20% do Fundo de Recuperação e Resiliência a ser direcionado para a digitalização, existe um claro alinhamento, de acordo com este inquérito, entre as prioridades da Comissão Europeia e dos cidadãos da UE. Contudo:

  • Um em cada três europeus mostra-se cético quanto às verbas chegarem às áreas prometidas e, em vez disso, ser desviado para resgates da indústria, programas de licenciamento e de concorrência empresarial;
  • Os cidadãos da Alemanha, Grécia, Hungria e Reino Unido são os mais céticos;
  • Três quartos dos europeus acham que os fundos de recuperação devem ser vinculados a certas condições: 40% votam em circunstâncias estritas, enquanto 35% defendem outras mais flexíveis. Em Portugal, este indicador sobe para 91%, dos quais mais de metade (52%) defendem requisitos apertados.

Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal, refere: “O inquérito Digitising Europe Pulse é elucidativo das prioridades defendidas pelos cidadãos europeus no atual contexto de crise que atravessamos.

A resiliência do setor da saúde, o apoio às empresas onde a correlação entre a pandemia e a atividade económica é mais evidente e a sustentabilidade do mercado laboral estão no pódio. Igualmente relevante é o valor atribuído à educação digital e à conectividade. Uma intervenção alinhada com as prioridades identificadas pelos cidadãos permitirá não só o regresso ao ponto de partida do período pré-Covid, como sobretudo contribuir para uma trajetória futura de preparação e adaptação da economia e da sociedade à acelerada transformação digital impulsionada pela pandemia.

Na Vodafone, e em total alinhamento com o nosso Purpose – We connect for a better future – continuamos a reforçar o nosso compromisso com uma sociedade cada vez mais digital, inclusiva e susténtável. Estamos, por isso, disponíveis para em articulação com as entidades da esfera pública, europeia e nacional, promover um alinhamento entre a voz dos cidadãos e a visão e a execução de um Plano que fomente o desenvolvimento das redes de nova geração e o desígnio de universalidade de acesso, contribuindo para a recuperação económica e a aceleração da transformação digital. As decisões de hoje determinarão o sucesso do País no futuro”.

Inger Paus, Diretor Executivo do Vodafone Institute, acrescenta: “O estudo Digitizing Europe Pulse destaca as áreas sobre as quais os cidadãos gostariam que os governos nacionais atuassem para resolver a atual crise de saúde pública e económica e demonstra o valor atribuído à conectividade. A Comissão Europeia pode desempenhar um papel fundamental para garantir que as vozes dos cidadãos sejam ouvidas à medida que o fundo avança, através da sua avaliação e execução”.

O relatório completo pode ser encontrado aqui.

Nota aos editores | Metodologia do Inquérito:

Pesquisa online, realizada pela Kantar, a mais de 15.000 cidadãos em 15 países europeus: República Checa, Estónia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Suécia e Reino Unido. A amostra inclui, pelo menos, mil entrevistas por País (no total 15.008 entrevistas). Esta pesquisa foi realizada entre os dias 07.12.2020 e 18.12.2020.

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