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Com é que as empresas se devem preparar para o 5G?

Escrito por Erik Brenneis
CEO, Vodafone IoT


Hoje em dia é quase impossível abrir uma página de um jornal ou de uma revista sem aparecer um artigo sobre 5G. Os leilões de espetro estão em curso, realizam-se testes e use-cases, e cidades em todo o mundo começam a lançar serviços 5G. As empresas começam a perceber o potencial desta tecnologia, enquanto as indústrias tecnológicas começam a produzir equipamentos que para responder às exigências dos consumidores.

Fotografia de Erik Brenneis

Como é que o 5G vai mudar tudo à nossa volta?

A discussão sobre o 5G parece resultar de todo o hype que existe à volta do tema e pode ser difícil perceber o que a tecnologia vai efetivamente mudar. No entanto, existem razões para este entusiasmo porque o 5G traz mudanças muito mais profundas do que as anteriores gerações.

Se virmos o caso da Internet of Things (IoT), o nosso último barómetro de IoT mostra que 34% das empresas já estão a usar esta tecnologia. As organizações já perceberam a necessidade da IoT, e muitos colaboradores defendem que o seu trabalho já depende desta tecnologia, que é a base da transformação digital.

Os utilizadores esperam usar os serviços 5G para impulsionar a IoT. Porquê? Simples; o 5G tem a capacidade de ligar mais dispositivos à rede e permite a personalização dos serviços, enquanto reduz a latência.

É fácil perdermo-nos nos aspetos técnicos do 5G, mas de uma forma geral, pode dizer-se que vai haver mais ligações do que nunca, e isso vai provocar um grande impacto na maneira como vivemos e trabalhamos.

Por exemplo, nos veículos conectados, a telemática (dados sobre a performance ou localização do veículo) irá dar lugar à condução autónoma. O 5G vai permitir, pela primeira vez, que os veículos comuniquem entre si e com as cidades onde circulam, bem como com as pessoas que estão na rua, o que terá um impacto muito significativo na segurança e na eficiência das cidades.

Nas fábricas, a tecnologia irá ligar não só as máquinas, mas também os produtos que estão a ser trabalhados. Além disto, as empresas podem utilizar tecnologia holográfica em reuniões para melhorar a forma como trabalham e ligar empresas que operam em localizações diferentes.

O que podemos fazer?

As possibilidades são infinitas, mas o 5G é uma evolução e não uma revolução, pelo que as empresas não devem temer ficar para trás. A rede 5G vai demorar uma década para estar completamente ativa, evoluindo e transformando a nossa sociedade de forma gradual. Irá desenvolver-se a partir de competências atuais e irá desenvolver-se juntamente com outras tecnologias e formas de viver e trabalhar.

Para o setor empresarial, o foco deve estar em perceber a tecnologia e planear o futuro para que seja possível tirar o máximo partido desta tecnologia.

O 5G permite às empresas usarem pela primeira vez uma tecnologia móvel com todas as potencialidades da rede fixa, com uma flexibilidade ímpar, acelerando significativamente o time to market e reduzindo os pontos de falha associados a ligações físicas.

Irá substituir o Wi-Fi, tornando-se, assim, a tecnologia usada em redes móveis privadas, especialmente aquelas que têm aplicações que precisem de respostas rápidas ou precisam de ligar várias máquinas ou dispositivos. Um exemplo deste cenário seria uma fábrica autónoma.

Por agora, as equipas de gestão deviam ter como prioridade pensar como se vão preparar para o 5G em vez de deixar que o hype os distraia.