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Como o 5G está a ajudar a transformar a área da saúde

Escrito por Sabrina Baggioni
Diretora do Programa 5G Vodafone Itália


Da cirurgia remota à robótica de reabilitação, passando pelos sensores vestíveis, o 5G será um grande percursor da inovação na área da saúde, ajudando a melhorar a eficiência das equipas médicas e os cuidados com os pacientes.

Por exemplo, em Milão, a ambulância conectada pelo 5G permite que os paramédicos estejam permanentemente ligados ao centro de operações de emergência e aos próprios médicos, partilhando os detalhes e sintomas do paciente antes da sua chegada ao hospital.

Como “Capital Europeia do 5G”, Milão tem estado na linha da frente da inovação nesta área e demonstrou-o num evento dedicado ao futuro da Saúde e Bem-Estar – o 5G Healthcare Vodafone Conference & Experience Day.

Com a presença das principais figuras da indústria, foi discutido, nesta conferência, o papel das novas tecnologias e as principais novidades nesta área.

Fotografia de Sabrina Baggioni

Cirurgia remota em direto

Durante o evento, realizou-se, pela primeira vez em Itália, uma cirurgia remota através da rede 5G live em colaboração com o Instituto de Tecnologia Italiano (IIT) e com o Hospital Universitário San Raffaele (IRCCS).

A cirurgia foi realizada no palco do Vodafone Village, onde o Professor Matteo Trimarchi realizou um procedimento usado para tratar doenças que afetam as cordas vocais, num modelo de laringe sintético que se encontrava no Hospital San Raffaele, do outro lado da cidade.

Graças à latência extremamente baixa e aos elevados níveis de fiabilidade fornecidos pelo 5G, o cirurgião conseguiu operar com o laser e, remotamente, com as pinças micro manipuladoras do robot em tempo real, enquanto conseguia ver o que estava a acontecer na parte do corpo que estava a ser operada, via vídeo estereoscópico.

Este evento único mostra o futuro da saúde ao fazer com que as funcionalidades médicas e cirúrgicas estejam disponíveis a uma escala ainda maior, sem que existam barreiras geográficas.

Data on the go

Com o 5G, médicos e técnicos especializados podem trabalhar em conjunto não estando fisicamente no mesmo local, durante e depois da realização de exames radiológicos.

Através de vídeos e imagens com alta resolução, é possível examinar pacientes remotamente e em tempo real. 

O 5G permite ainda que os médicos vejam, remotamente, o ecrã das máquinas de radiologia, das TAC e das ressonâncias magnéticas (MRI), para poderem acompanhar os exames.

Os médicos têm, assim, a possibilidade de ver dados radiológicos de forma remota e de fazer os diagnósticos de maneira mais rápida, precisa e menos dispendiosa.

Da assistência médica à assistência domiciliar

Para além do impacto em ambiente hospitalar, a monitorização remota dos pacientes pode ajudar a diminuir a pressão nos profissionais de saúde, ao eliminar as estadias desnecessárias nos hospitais e redirecionar o tempo desses serviços de urgência para aqueles que são realmente precisos.

Através da Internet of Things (IoT) e do 5G, os pacientes vulneráveis podem ter os dados organizados e sempre atualizados em qualquer local.

Estes dados são enviados para um sistema que utiliza inteligência artificial para se conseguir monitorizar o estado dos pacientes em tempo real, enquanto estes fazem as suas atividades diárias. Quaisquer anomalias despoletam uma notificação automática para um profissional de saúde intervir imediatamente.

A tecnologia está a trabalhar juntamente com os médicos e não só para eles.

Neste sentido, a tecnologia ajuda também os médicos a estarem em contacto com os pacientes em casos como os de reabilitação, por exemplo.

Através de vídeo 4K com robótica interativa, os médicos conseguem seguir uma sessão de reabilitação remotamente e conseguem controlar os exercícios e a execução de todos os movimentos, recebendo feedback do paciente em tempo real.

Uma mão amiga

Se um paciente precisar de cuidados médicos pode contar com a ajuda do Humanoid Robot R1. Com recurso ao 5G e à Inteligência Artificial da IBM, o R1 consegue interagir de forma personalizada com diferentes pessoas e em diferentes áreas. Para além de entreter os pacientes com livros ou jornais, ajuda a distribuir menus de refeição e anota os pedidos dos pacientes.