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BeON é a vencedora da 6.ª edição do Big Smart Cities
- Vencedores da competição vão ter oportunidade de testar os seus projetos no município de Cascais
- Melhores ideias universitárias ganharam mil euros e acesso a estágios na Vodafone e na Ericsson Portugal
A startup BeON – uma solução que permite converter energia solar em energia elétrica – é a grande vencedora da 6.ª edição do Big Smart Cities. A final da competição de empreendedorismo e inovação promovida pela Vodafone e pela Ericsson realizou-se no Edifício Sede da Vodafone, em Lisboa, e contou com intervenções do CEO da Vodafone Portugal, Mário Vaz, e do Presidente da Ericsson Portugal, Luis Silva.
Criada por dois colegas do Instituto Superior Técnico, a BeON desenvolveu o primeiro microinversor do mundo concebido para ligar um sistema fotovoltaico diretamente a uma tomada. A instalação é feita através de um kit simples e intuitivo do it yourself, que possibilita a montagem do sistema em 30 minutos, mesmo sem conhecimentos técnicos.
Com esta solução, o consumidor final potencia a utilização de energias renováveis, reduzindo com isso a dependência das companhias tradicionais de eletricidade. A par disso, a BeON pretende que a sua solução evolua de forma a que todos os seus utilizadores possam vender o excedente energético que geram para ser aproveitado por outras casas. Uma realidade cada vez mais iminente com a propagação das energias limpas que levará à massificação de dispositivos conectados – algo apenas possível com a rede móvel do futuro, o 5G, que foi foco da edição deste ano do Big Smart Cities.
Além do grande prémio final, foram ainda atribuídas mais duas distinções e um prémio decidido pelo voto do público:
- Big 5G Winner, com prémio de 5 mil euros – Parkio, aplicação que permite conectar vários dispositivos colocados em veículos e, a partir dos dados recolhidos, gerir melhor os lugares num parque de estacionamento, facilitando ainda a tarefa do pagamento do condutor;
- Menção honrosa, com prémio de 2.500 euros – SkinSoul, tecnologia de deteção e prevenção de cancro de pele que através de um smartphone recorre a análise de milhares imagens utilizando inteligência artificial para apoiar o diagnóstico de melanomas;
- Prémio do público – Nimest, assistente de viagem inteligente, que acompanha os turistas enquanto visitam as cidades, recriando, em realidade aumentada, figuras histórias e culturais dessas cidades, por exemplo.
Com a vitória na final de ontem, a BeON vai ficar incubada no Vodafone Power Lab, aceleradora de startups da Vodafone Portugal, bem como beneficiar do prémio de 10 mil euros para começar a tornar real a sua solução.
Além disso, a Câmara Municipal de Cascais vai possibilitar às startups a possibilidade de testar os seus projetos-piloto no município. Os vencedores vão ainda ter acesso à Rede Nacional de Cidades Experimentais.
A par da competição entre startups, foram ainda distinguidas as três melhores ideias universitárias do 5G University Challenge com um prémio monetário de mil euros e oportunidade de estagiar na Vodafone e na Ericsson.
Duas ideias universitárias chegaram do Instituto Superior Técnico: a Eagle Stream, uma app que usa inteligência artificial para ligar os conteúdos gravados por vários telemóveis e compilá-los num vídeo que mostra todas as perspetivas de um evento, e a Smarty Smart Display, uma ideia para ecrãs inteligentes com conteúdos interativos.
Já a terceira ideia vencedora, a RewardYourWaste, teve origem na Universidade Católica e promove a reciclagem, aliada a recompensas, oferecendo descontos em vários produtos.
Criado em 2013 para captar ideias tecnológicas que visam melhorar o dia a dia de quem vive, trabalha ou visita uma cidade, o Big Smart Cities registou, nesta 6.ª edição o maior número de candidaturas de sempre, perto de 300 propostas.
Os 20 finalistas que ontem lutaram pelo reconhecimento do júri foram apurados por inscrições online, mas também em vários eventos locais realizados durante os meses de setembro e outubro em Coimbra, Porto e Lisboa.
Seguiu-se um período de um mês de pré-aceleração das ideias finalistas, com cada equipa a aprofundar a sua visão para as cidades do futuro, contribuindo para que se tornem mais inteligentes, mais sustentáveis, mais promotoras de qualidade de vida para os seus habitantes, trabalhadores e visitantes.