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Vodafone Stories

Uma terra em festa

Oficialmente a Bidoeira de Cima tem uma população de 2.250 habitantes. Mas todos os anos, nos últimos dias de agosto, esta localidade recebe mais de 50 mil pessoas para as Festas em Honra do Imaculado Coração de Maria.

As gentes da terra juntam-se em pequenos grupos: uns no quiosque no centro da praça, outros nas tascas espalhadas pela lateral da igreja. Bebem uns copos, falam da vida. Num dos grupos, a atração principal parece ser uma nova moto4 que, à vez, todos vão experimentando. No outro, a conversa é mesmo o prato do dia. É o início da tarde e, na Bidoeira de Cima, o sossego impera. Só mesmo os três palcos onde já se fazem testes de som, as decorações e as roullotes fazem adivinhar que a noite será bem diferente.

Por ali já se perdeu a noção de quando exatamente começaram as Festas em Honra do Imaculado Coração de Maria, sempre no final de agosto. Terá sido algures pela década de 1950 e, de ano para ano, foram crescendo. Festas de origem religiosa, a componente pagã foi ganhando expressão: hoje em dia as Festas da Bidoeira de Cima conjugam concertos de alguns dos grandes nomes da música portuguesa, com atuações de bandas locais e filarmónicas, missas, garraiadas e procissões. Tudo isto acompanhado por cervejas, bifanas, farturas e até outras ‘modernices’ alimentares. Aqui, a tradição parece viver muito bem com o que de novo os tempos trazem.

Uma banca de pipocas e de algodão cheia de luzes

Os três palcos onde acontecem os concertos, as decorações e as roullotes espalhadas pela vila fazem adivinhar que a festa está prestes a começar

Que comece a festa

Quando o sol se põe, o sino da igreja chama os fiéis. É a hora da missa que se aproxima. De repente, o largo da igreja começa a encher-se. As pessoas que antes não se viam, aparecem vindas de todo o lado. Carros encostam à porta para deixar aqueles para quem a mobilidade já é um grande desafio. Os mais velhos vestidos a preceito, os mais jovens com a descontração de quem sabe que a noite ainda vai ser longa.

Durante as festas da Bidoeira de Cima, todos os dias a missa antecede uma procissão – hoje é a das velas. Uma pequena procissão que visita e ilumina as ruas que contornam a praça central, como se de um preâmbulo para o resto da festa que se segue.

As ruas que até há bem pouco tempo estavam vazias estão agora repletas de gente. Ouvem-se os primeiros acordes dos vários palcos – dos temas mais populares no palco mesmo ao lado da igreja e que convidam a danças a dois, ao rock musculado de bandas locais no palco intermédio, até aos cabeças de cartaz no palco principal. Hoje cabe a Piruka, o fenómeno do hip hop nacional que canta a vida no bairro da Madorna, na Parede, arredores de Lisboa. A ele juntam-se este ano, ao longo dos seis dias de festa os Alcoolémia, os Overflow, a dupla Quim Roscas & Zeca Estacionâncio e o DJ Virgul, entre outros. No passado, estas honras já couberam a músicos como Tiago Bettencourt, Virgem Suta, Tara Perdida, Blasted Mechanism, Richie Campbell, UHF, Mastiksoul e Diogo Piçarra.

Considerado o maior evento da freguesia, as festas da Bidoeira de Cima ultrapassam, em muito, a escala desta pequena localidade fundada em 1985, paredes meias com Leiria. Durante o ano, os números oficiais declaram 2.250 bidoeirenses residentes. Ao longo destes seis dias de festa por aqui passam mais de 50 mil pessoas. “Vêm pessoas de muito longe”, explica Sónia Pinhal. Bidoeirense de gema, fala das festas carregada de emoção. A mesma emoção que a fez aceitar integrar o grupo de cerca de 20 mordomos que organizam esta edição das festas. 

Entrada de uma igreja decorada com fitas e com muitas pessoas à porta

As Festas em Honra do Imaculado Coração de Maria começaram na década de 1950 e, de ano para ano, à componente religiosa acrescentou-se uma vertente de entretenimento

No passado, a tradição dizia que as festas deveriam ser organizadas por oito casais, no verão seguinte ao seu casamento. Mas a tradição já não é bem o que era. Agora, no último dia das festividades, tem lugar a cerimónia de passagem da bandeira, momento em que se definem os mordomos – termo antigo usado para identificar organizadores de festas populares – da edição seguinte. Ao assumirem, voluntariamente, esta missão, assumem também um compromisso: fazer as melhores festas de sempre. E é este desafio que tem levado, ano após ano, as Festas da Bidoeira de Cima à dimensão e importância que hoje têm para toda aquela região.

De tal forma que, nos últimos anos, novos desafios se levantaram. Como o de comunicar. “Há dois ou três anos tivemos dificuldades de rede. Como havia muita gente, não conseguíamos [comunicar]”, recorda Sónia. Uma dificuldade fácil de perceber ao olhar para o recinto. Centenas e centenas de pessoas de telemóvel em riste. Conversam, enviam mensagens, fazem posts no Facebook, diretos no Instagram. As Festas da Bidoeira de Cima tornaram-se tão importantes para a região que toda a gente que aqui está quer partilhar que aqui está. E isso, claro, causa congestionamentos de rede – ao ponto de, em edições passadas, ter sido particularmente difícil falar ao telefone ou utilizar dados móveis. E afinal, nos tempos que correm, como se está numa festa sem dizer aos amigos onde se está?

É particularmente emocionante, como filho da terra, ver a empresa onde agora trabalho preocupar-se com a região onde nasci.

Constantemente a monitorizar a utilização de rede de norte a sul do país, a Vodafone apercebeu-se destas ‘movimentações fora do normal’. E resolveu atuar. “Vimos aqui um padrão fora do normal e achámos que devíamos atuar sobre isso. Queríamos oferecer uma experiência melhor às pessoas, porque a estação aqui da zona não está preparada para este tipo de padrões tão agressivos e típicos de um evento especial”, esclarece Diogo Almeida, natural de Leiria, atualmente a viver em Lisboa e a trabalhar na Vodafone. Uma medida que permitiu que, este ano, frases como “não te oiço”, “não consigo ir ao Instagram” ou “não consigo abrir a página de Facebook” não se tenham ouvido. “Para mim é particularmente emocionante, como filho da terra, ver a empresa onde agora trabalho preocupar-se com a região onde nasci”, confessa Diogo. Uma ideia que Sónia reforça: “É importante que as grandes empresas não se esqueçam que os pequenos meios existem e que, às vezes, a rede não chega a todo o lado.” Ou não chegava.

Sabia que...

A Vodafone monitoriza o consumo de rede de norte a sul do país, o que lhe permite identificar picos de utilização.

Ao identificar esses momentos de maior utilização, a Vodafone proativamente aumenta a capacidade das estações locais, para garantir uma boa experiência aos seus utilizadores, que desta forma não têm problemas a comunicar ou a navegar na internet.

Estes reforços de rede são feitos em grandes eventos como a Web Summit, um festival de música com as dimensões do Rock in Rio-Lisboa ou do Vodafone Paredes de Coura, ou um grande jogo de futebol, mas também em localidades mais pequenas que, excecionalmente, recebem um elevado número de visitas. É o caso da Bidoeira de Cima.